O joanete, ou hállux valgus, é o nome dado a uma deformação que acomete o ‘’dedão’’ do pé. Os ossos e as articulações se desalinham e os dedos se desviam para o interior do pé. Esse problema é mais comum no ‘’dedão’’, porém também acontece no dedo ‘’mindinho’’.

É uma condição que muito frequentemente está associada ao uso de sapatos altos, por isso o joanete é uma doença associada às mulheres. Porém, pode ocorrer em homens também, uma vez que pessoas com doenças osteoarticulares também correm mais chances de desenvolvê-la. Ainda, alguns traumas ortopédicos como entorses e fraturas e dismetrias de membros, como uma perna mais curta do que a outra, podem ser fatores desencadeadores de joanete.

 Dentre os sintomas estão além da própria deformidade, dor local, rigidez da articulação, deformidade dos dedos adjacentes, pele seca e avermelhada e inchaço na articulação.

O tratamento é focado em atenuar os sintomas. O ortopedista irá orientar o paciente quanto ao uso de calçados corretos e também pode ser recomendado o uso de um protetor de joanete e palmilhas, além de protetores e separadores de dedos especiais. Esse tipo de tratamento tem um objetivo mais paliativo, ou seja, alívio dos sintomas.

Para aliviar a dor no dia a dia, sem efeitos corretivos, o médico pode prescrever tratamentos caseiros como aplicação de gelo e também receitar medicamentos anti-inflamatórios, que podem ser administrados de forma oral (comprimidos) ou em gel e pomadas.

A fisioterapia também é indicada em alguns casos, com exercícios que ajudam no alívio da dor e diminuição da inflamação, além de reabilitação do caminhar nos casos em que isso foi afetado pelo joanete. Se o paciente pratica atividades físicas, o ortopedista irá aconselhá-lo quanto à necessidade de modificar o treino para não agravar o joanete. Em alguns casos em que esses tratamentos não surtem efeito, pode ser considerado o tratamento cirúrgico.

Existem várias possibilidades de procedimentos, desde cirurgias percutâneas (aquelas realizadas através de mínimas incisões) a cirurgias abertas, convencionais, a depender da origem e gravidade da deformidade. O mais importante é individualizar cada tipo de pé, de deformidade, e de paciente para selecionar a opção terapêutica ideal.

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