O tendão de Aquiles é o maior e mais forte tendão do corpo humano, responsável pela junção do tendão do músculo gastrocnêmio e do solear ao osso calcâneo.

Esses dois músculos da panturrilha são responsáveis por realizar a flexão plantar do tornozelo, ou seja, fazer força para ficar nas pontas dos pés. Assim, essa musculatura tem vital importância quando andamos ou praticamos atividades físicas.



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No entanto, da mesma forma que este tendão é o maior e mais forte do corpo humano, ele é também aquele que mais se rompe.

Inclusive, a incidência desta lesão, que varia de 11 – 37 a cada 100.000 pessoas, está aumentando com o tempo, uma vez que os indivíduos de meia idade estão praticando mais atividade física.

Outro fator que contribui para a elevação dos casos de ruptura do tendão de Aquiles é o aumento da expectativa de vida e do número de pessoas obesas.

Quais são as principais causas da ruptura do tendão de Aquiles?

A causa mais comum de ruptura do tendão de Aquiles é a prática de atividades físicas, sendo que a lesão mais usual ocorre de 3 a 6 cm da inserção do tendão no calcanhar.

No geral, homens têm de 2 a 12 vezes mais chance de romper o tendão de Aquiles do que as mulheres.

Além disso, essa lesão apresenta dois picos de incidência, sendo o primeiro dos 30 aos 39 anos e o segundo dos 70 aos 79 anos.

Existem algumas condições que podem propiciar a ocorrência da ruptura deste tendão, por exemplo:

Quais são os sintomas da ruptura no tendão de Aquiles?

A história clínica do paciente com essa lesão é bem direta, onde ele refere a sensação de uma “pedrada” na região posterior da perna. A dor é intensa no momento da ruptura com melhora significativa após o evento.

Em alguns casos, pode ocorrer a ruptura sem que o paciente perceba, principalmente em idosos.

Nesse caso, é a forma de andar, a sensação de fraqueza e a perda de equilíbrio que indicam que a lesão pode ter ocorrido.

Como é feito o diagnóstico? 

Muitas vezes, a ruptura do tendão de Aquiles passa despercebida no pronto socorro, sendo confundida com entorse no tornozelo.

Na realidade, até 25% das lesões agudas do tendão de Aquiles não são diagnosticadas em um primeiro momento.

Quando realizamos exame físico, muitas vezes o paciente não apresenta um quadro de dor no local. Além disso, a perda de movimento não ocorre devido a ação da musculatura próxima, como os flexores, fibulares e tibial posterior.

Então, existem diversos testes específicos para realizar o diagnóstico, entre eles a palpação do GAP (falha que ocorre pela lesão do tendão, na região posterior da perna). No entanto, a existência de hematoma ou as lesões com mais de 4 semanas podem dificultar a realização deste teste.

Já o teste de Matles é a comparação entre a posição de ambos os pés ao ficarem pronados (deitado de barriga para baixo), com os joelhos fletidos. Nos casos de lesão, o pé machucado ficará dorsifletido em comparação com o outro.

Na mesma posição realizamos o teste de Thompson, que consiste na compressão da musculatura da perna e, caso não exista lesão, o paciente conseguirá movimentar o pé, caso contrário, ele não conseguirá movimentar este membro.

A complementação com ultrassonografia e ressonância magnética só se fazem necessárias em dúvidas em relação ao exame físico ou nos casos de lesões crônicas.

Atualmente, a cirurgia do tendão de Aquiles é o tratamento mais indicado em casos de ruptura desta estrutura em pacientes ativos que pretendem retomar suas atividades de forma mais precoce.

O tendão de Aquiles é o maior tendão do nosso corpo e liga os músculos da panturrilha ao osso do calcanhar. Assim, é importante para a execução de movimentos essenciais, como andar e fazer exercícios.


A causa mais comum de ruptura do tendão de Aquiles é a prática de atividades físicas e, na maioria das vezes, provoca uma dor muito intensa quando ocorre.


Além disso, essa lesão afeta a biomecânica do andar e causa sensação de fraqueza e desequilíbrio.

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O tratamento da ruptura do tendão de Aquiles poderá ser cirúrgico ou não cirúrgico e a escolha pela melhor opção irá depender de uma série de fatores.


Por exemplo, devemos considerar a gravidade da lesão, a idade do paciente, seu quadro clínico e a expectativa de retomada das atividades físicas.


Por que realizar a cirurgia do tendão de Aquiles?


Tanto o tratamento cirúrgico como o não cirúrgico podem apresentar bons resultados.


No entanto, existem estudos que mostram que o tratamento não cirúrgico apresenta maiores chances de recidivas. 


Além disso, este tratamento costuma ser mais demorado, com longos períodos de imobilização, o que traz uma série de desvantagens:

Dessa forma, apesar de não existir um consenso em relação ao tratamento mais apropriado, sabemos que a realização da cirurgia possibilita um retorno precoce às atividades diárias e esportivas.


Como ocorre a cirurgia do tendão de Aquiles?


Realizamos este procedimento no hospital com uso de anestesia geral ou uma sedação com bloqueio local, dependendo do quadro clínico do paciente e o tipo de lesão.


Existem diversas técnicas cirúrgicas disponíveis e a melhor opção será determinada pelo ortopedista com base em uma série de fatores, como o tipo e localização da ruptura.


Por exemplo, poderemos realizar a cirurgia minimamente invasiva, através de pequenas incisões.


No entanto, em outros casos, será preciso adotar o método tradicional (cirurgia aberta), no qual fazemos uma incisão ampla na pele para acessar o tendão.


Além disso, existem diversos tipos de suturas sintéticas que podemos utilizar no tendão, mas estudos recentes apontam que o uso de tecido regional, anatomicamente semelhante ao tendão, pode ser mais eficaz.

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No geral, esta é uma cirurgia segura e que apresenta bons resultados. Apesar disso, existem algumas complicações que podem surgir, como infecção, danos nos nervos e vasos sanguíneos, trombose, entre outras.


Como é o pós-operatório?


No pós-operatório, independente da técnica cirúrgica que utilizamos, o paciente ficará com o pé imobilizado , porém o protocolo de reabilitação, grande responsável pelo sucesso da cirurgia varia conforme a técnica adotada


Será preciso manter o repouso relativo da perna tendo atenção especial para mantê-la elevada nos primeiros dias após a cirurgia.


Além disso, o paciente utilizará as muletas para se locomover na fase inicial da reabilitação.

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Normalmente, iniciamos a fisioterapia de forma precoce, cerca de 2 semanas após o procedimento para garantir a reabilitação funcional.


Assim, ela é essencial para o fortalecimento da musculatura da perna e panturrilha, bem como restaurar a amplitude de movimento do tornozelo.


O retorno para as atividades físicas irá depender da evolução da recuperação do paciente e não costuma ocorrer antes de 3 meses após a realização da cirurgia.


No entanto, cada caso será diferente e a reabilitação irá variar conforme a lesão, idade, condição física e dedicação de cada indivíduo.

O ortopedista responsável pela cirurgia irá acompanhar todo o processo de recuperação do paciente.


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